Nessa semana, mais precisamente o dia 08/03 foi considerado o ''Dia Internacional da Mulher'' e, embora eu não tenha escrito nada a respeito desse dia, não poderia deixar de, pelo menos, escrever a resenha desse livro que retrata a vida de muitas mulheres (Marias) únicas, com momentos peculiares a nos revelar.
Esse é um livro (que eu considero um diário), que passou pela mão de várias mulheres, de diferentes idades, com o objetivo de escreverem alguma experiência própria de vida, sem regras, sem tabu, mas com a liberdade de apenas contar um pouco daquilo que viveram.
São tantos arquivos, histórias, revelações que é impossível não ler sem soltar um ''puxa, ela viveu isso'', ''nossa, já passei por algo semelhante'', ''disse tudo o que eu gostaria de dizer, mas não tenho coragem'', ''já vivi um amor assim'' ou ''me reconheci um pouco dentro dessa Maria''.
São Marias dos 16 aos 70 anos, ou seja: uma imensidão de momentos. São escolhas, aflições, des(amores), saudade, conquistas e lembranças. São Marias que nos representam em alguma situação que passaram, são Marias que nos provam que somos fortes apenas por sermos Marias.
Uma das histórias que me marcou (sem muito spoiler) foi a de uma mulher que revelou um momento íntimo que teve com uma pessoa aleatória. Esse momento só estava guardado no pensamento dela, nunca havia revelado a ninguém, mas resolveu escrever sobre isso, pois não havia esquecido do ocorrido. Então pensei: quantas mulheres não guardam algum momento muito específio para si, que diariamente impregna a mente? Ou o sentimento por alguém, mesmo que no íntimo e sem confessar? Já diria Rose de Titanic: O coração da mulher é um oceano profundo de segredos.
''Ensinou-me um poeta que recordar vem de re-cordis: Voltar a passar pelo coração. Recordar é ter consciência, é saber quem sou e, assim o que não sou. E o dia é isso: é viver o embate permanente do que se é e do que não se é. Isso é meu dia, a cada dia. '' - Página 91
Sou muito suspeita em falar desse livro, pois ganhei da autora em 2016. E jamais esquecerei das nossas primeiras conversas ''Minha família tem tradição de passar na USP, todo mundo se formou lá e adivinha quem não passou na FUVEST e acabou com a tradição? euzinha!'' kkkkk BUT, independente disso, o livro é realmente ''uma entrega, uma confissão''. São memórias únicas e eu não sei dizer em quantas Marias me reconheci, só sei dizer que foram muitas.
Estela, se por um acaso vier por aqui: obrigada, mais uma vez. Eu amei o livro e também amo quando nos encontramos na imensidão de mar que somos apaixonadas.
Editora: Prólogo Selo Editorial
Número de páginas: 256
Autor: Entre tantas Marias, Estela Miazzi.
Classificação: ♥♥♥♥♥ (Excelente)
Assuntos abordados: experiências pessoais.
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